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  • Energia mais cara em Setembro: saiba quanto você vai gastar e quem é o Grande Vilão
    01/09/2021

    Energia mais cara em Setembro: saiba quanto você vai gastar e quem é o Grande Vilão

    Notícias

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê reajuste no preço da energia em todo o Brasil. A previsão é de aumento já em setembro.

    O Ministro da Economia Paulo Guedes nesta quinta-feira (26) afirmou “não adianta ficar sentado chorando”, ao alertar que a taxa extra de luz deve ter novo reajuste por causa da crise hídrica.

    O Brasil passa pela pior crise hídrica desde 1930, segundo o Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS). Com isso, houve a necessidade de utilização de usinas termoelétricas – mais caras.

    O que preocupa é que o subsistema de reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 22,32% de sua capacidade. Ele é responsável por aproximadamente 70% da energia produzida nas hidrelétricas de todo o país.

    O presidente Jair Bolsonaro reconheceu, nesta quinta-feira (26), em transmissão ao vivo nas redes sociais, a gravidade da crise hídrica e pediu à população que reduza o consumo de energia elétrica.

    “Vamos fazer um apelo para você que está em casa. Apague um ponto de luz”, acrescentou. Segundo Bolsonaro, algumas represas do País vão deixar de existir se a crise não der trégua.

    Bolsonaro editou um decreto para determinar a redução de consumo de energia elétrica em órgãos da administração pública. A medida entra em vigor a partir de 1º de setembro.

    Com o intuito de cobrir os custos das usinas termelétricas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) discutiu com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) uma proposta de reajuste da bandeira vermelha patamar 2.

    Com a crise hídrica que baixou os níveis de água das hidrelétricas, a alternativa foi reativar as termelétricas de forma emergencial. No entanto, segundo a agência, as usinas são mais caras e custarão cerca de R$9 bilhões aos consumidores.

    Em junho, o órgão decidiu aumentar a taxa que era de R$6,24 para os atuais R$9,49. Apesar de expressivo, no Ministério de Minas e Energia, o aumento foi considerado insuficiente para bancar os custos com a geração de energia via usinas termelétricas. A própria Aneel entende que o valor da tarifa para bancar os custos de funcionamento das termelétricas seria algo em torno de R$19,00.

    Segundo Hugo Lott, especialista em energia da GRID Energia, o aumento do kWh é uma forma de antecipar os custos que serão cobrados no futuro. “Se o governo não aumentar o valor da bandeira agora, o consumidor irá pagar nos próximos anos com o reajuste da distribuidora, com juros maiores”, alerta.

    Atualmente, a tarifa da bandeira vermelha 2 aprovada - no CREG/MME - nova bandeira no valor de R$14,20 kWh, com vigência de 1º de setembro de 2021 a 30 de abril de 2022. ONS vê oferta no limite

    Com os sistemas no limite, o risco de apagão na energia elétrica fica cada vez maior, embora o governo continue descartando a possibilidade de racionamento. Segundo nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgada nesta semana, a previsão é de que o consumo de energia elétrica seja maior que a oferta em outubro e novembro deste ano, caso novas unidades de geração de energia não comecem a operar.

    O operador disse que é necessário aumentar a oferta de energia em 5,5GW a partir de setembro para que não haja déficit. Isso corresponde a cerca de 7% do consumo diário. Se uma nova fonte de energia não passar a operar, haverá riscos de apagão.

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